segunda-feira, 26 de novembro de 2012

CIENTISTAS CONSEGUEM TRANSFERIR DADOS A UMA VELOCIDADE DE 339 GBPS

  VALOR CORRESPONDE A 1 MILHÃO DE FILMES COMPLETOS SENDO ENVIADOS EM APENAS UM DIA



Uma equipe de físicos liderados pelos cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia conseguiram chegar a um marco impressionante na transferência de dados: 339 gigabits por segundo (Gbps), o que é equivalente a transmitir quatro milhões de gigabytes ou um milhão de filmes completos por dia.

A conquista é bastante impressionante por si só, mas não parou por aí. Os físicos trabalharam com cientistas da computação e engenheiros de rede para estabelecer um novo recorde de transferência a partir de um único link. Eles conseguiram enviar dados a uma velocidade de 187 Gbps entre Victoria e Salt Lake City, ambas cidades canadenses.

Atingir velocidades de transferência de dados além de cômodo para usuários comuns, é também primordial para cientistas. Um exemplo é o Grande Colisor de Hádrons (LHC, do inglês Large Hadron Collider), que utilizou uma rede global de computadores para transferir 100 petabytes (100 milhões de gigabytes).
Cada vez mais

Além de atingir uma velocidade incrivelmente alta, a equipe também criou uma estrutura nova de rede entre as cidades de Pasadena e Salt Lake City para mostrar novos métodos de estabelecer conexões intercontinentais e conexões diretas entre memórias de computador. Afinal, obter velocidades enormes de transferência de dados é uma grande conquista, mas as redes para fazer essas conexões também precisam evoluir.

Com as novas tecnologias que estão sendo desenvolvidas, a equipe acredita que, no ano que vem, eles poderão chegar a uma velocidade de um terabit por segundo (mil Gpbs), utilizando redes de longo alcance.

Fonte da Postagem.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

MINIMIZE A FRAUDE COM A SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

A fraude é um câncer organizacional. Se os gestores não decidirem combate-la, ela pode acabar com a organização. Todas as organizações sofrem algum tipo de fraude, independente do seu porte ou do tipo de negócio.

Existem disponíveis várias estatísticas e estudos, mas em média estima-se que entre 2% e 5% é quanto as organizações e as nações sofrem por causa da fraude. E fraude é prejuízo na certa, abate diretamente do faturamento da organização.

Para que uma fraude aconteça são necessários dois elementos básicos: informação e a ação do criminoso.

Sem informação o criminoso não consegue agir. Nesta perspectiva é que a segurança da informação minimiza as fraudes. Um processo de segurança da informação profissional e realizado com seriedade mantém o acesso a informação estritamente permitido apenas para aqueles usuários que precisam da informação e são autorizados para este acesso. Grande parte das fraudes acontece porque o criminoso tem acesso a informações que não deveria ter acesso.

Outro forte controle de segurança da informação é a segregação de funções. Em um processo qualquer um mesmo usuário não deve fazer uma atividade e controlar esta atividade. Continuando, a segurança da informação exige a existência e o monitoramento das ações de cada usuário. Isto é, teremos rastreabilidade das ações que ajudará numa eventual investigação, caso os controles preventivos não tenham sido suficientes para evitar o ato criminoso.

A correta destruição de mídia de informação (discos, computadores e papéis) é um controle efetivo para que a informação não chegue a pessoas que não deveriam ter acesso à informação.

Em resumo, cada organização deve ter implantado um Processo de Segurança da Informação que deve contemplar várias dimensões:

- Políticas e normas

- Gestão de risco dos recursos de informação

- Acesso à informação

- Classificação do sigilo da informação

- Continuidade do negócio no que depende de informação

- Copias de segurança da informação

- Conscientização e treinamento do usuário

- Resiliência operacional da informação

- Gestão de incidentes

- Ambiente físico dos recursos de informação

- Desenvolvimento e aquisição de sistemas, e

- Proteção técnica.

Estas dimensões são validadas para toda organização, independente do seu tipo de negócio e do seu porte. O que será diferente será a maneira como os controles serão desenvolvidos e implantados, bem como a rigidez destes controles.

Se sua organização não possui uma abordagem estruturada para a segurança da informação, comece o quanto antes. Um fato é realidade: sem segurança da informação, a fraude existe, cresce e a Organização só faz perder.



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A HISTÓRIA RECUPERADA

Quando foi convidada para cuidar do arquivo morto da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania,Ângela Maria Peixoto Dias nãosabia que debaixo daquele monte depó e de caixas empilhadas havia umverdadeiro tesouro. Entre os processosestavam documentos da Revoluçãode 1932, registros de despesaspenitenciárias, assinaturas de governantesde São Paulo desde Pedro deToledo, material de campanha à presidênciade Júlio Prestes, solicitação de entrada de imigrantes no País, pedidos de naturalização e até solicitação de camisa de força para crianças  e adolescentes “insubordinados” ou com problemas mentais. Reeducandos resgatam o arquivo morto da
Secretaria da Justiça, recuperando a história e a cidadania de São Paulo
O acervo ocupa o andar superior do prédio onde funciona a garagem da Secretaria da Justiça, no bairro do Glicério. O espaço tem área aproximada de 1.000 m2, e o material ocupa 15 prateleiras. Há documentos desde 1893 até os dias de hoje. E compreende todos os processos de diferentes áreas de todas as secretarias do Estado de São Paulo. Para conseguir trazer à luz os documentos, ela contou com a ajuda de reeducandos que prestam serviços no órgão. O trabalho de resgate do arquivo está exercendo dupla função de cidadania. Consegue ressocializar e reinserir homens que cumprem pena em regime semiaberto no presídio Franco da Rocha e ajuda no resgate da memória da história do Estado. A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania resolveu dar o exemplo e abriga em seu quadro de funcionários reeducandos detentos que cumprem pena no regime semiaberto. A iniciativa teve início em 2004, quando foi firmado convênio entre as pastas da Justiça e da Administração Penitenciária,

por meio da Fundação Professor Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap), e sete instituições prisionais, para contratação de oito trabalhadores presos. A pasta conta com 11 reeducandos que são parte do contrato com o Centro de Progressão Penitenciária de Franco da Rocha.
Aprendizado – Marco Antônio Amo - rin, assistente técnico da Secretaria da Justiça, faz um levantamento na área de manutenção para saber quantos reeducandos são necessários para prestação de serviços nas dependências da sede da secretaria e anexos. “O trabalho deles é fundamental para nós, por causa do quadro restrito de funcionários. E a gente procura adequá-los de acordo com a habilidade profissional de cada um”.
“Trabalhei em diversos serviços, mas o trabalho no arquivo se tornou um dos mais importantes na minha vida. O que estou aprendendo aqui vou levar para a minha vida, assim que cumprir toda a pena”, diz o reeducando Rubens Barros, 31 anos. Os trabalhadores cumprem jornada de 40 horas semanais, recebem um salário mínimo, vales-refeições e transporte. A partir do momento que saem do presídio para trabalhar até o retorno são monitorados via satélite por meio de tornozeleira de borracha com chip. O trabalho pesado começou em fevereiro, com um mutirão, do qual participaram todos os reeducados que prestam serviços na secretaria. Reinaldo Marçal, 45 anos também opera nos arquivos. “Comecei como
braçal. Havia muita poeira e precisávamos colocar tudo em ordem. Depois da faxina, passamos a arquivar e limpar os processos. Existem fotos incríveis”, ressalta. Depois da limpeza pesada, três pessoas se dedicaram a restaurar os processos. Foram nove meses de trabalho envolvendo cerca de 10 mil documentos sujos, mofados e empoeirados. Em uma primeira etapa estão sendo resgatados os documentos até 1940. Na outra, serão separados por ano e data. O futuro de todo esse trabalho será a digitalização dos documentos e arquivos na Casa Civil do Governo para onde todos os documentos serão transferidos quando o processo for finalizado.

ARQUIVOS SOBRE A DITADURA QUE ESTÃO EM ROMA SERÃO DIGITALIZADOS ATÉ 2013

No Brasil, os arquivos farão parte do futuro centro de documentação do Memorial da Anistia, em construção em Belo Horizonte


Cerca de 70 mil páginas de documentos sobre a ditadura militar no Brasil (entre 1964 e 1985) deverão ser colocados para consulta pública em arquivos digitalizados até outubro de 2013, informou o Ministério da Justiça. Na primeira quinzena de outubro deste ano, foi firmado contrato para executar a digitalização desses documentos, que estão em Roma, na Itália, em posse da Fundação Lelio e Lisli Basso. Segundo o contrato, ainda está prevista a recuperação de fotos e vídeos, a realização de pesquisas e a reedição de livros sobre o período. No Brasil, os arquivos farão parte do futuro centro de documentação do Memorial da Anistia, em construção em Belo Horizonte (MG).


“É um passo a frente para afirmar o Memorial da Anistia como espaço de preservação da memória a partir da narrativa e do testemunho das vítimas. O acervo será inteiramente disponibilizado para toda a sociedade brasileira”, disse, em nota, o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão.

Os documentos, em processo de digitalização, tratam do Tribunal Russell 2, do 1º Congresso Nacional da Comissão Brasileira pela Anistia e do Tribunal Permanente dos Povos.


Criado na década de 70, o Russel 2 foi um tribunal internacional de opinião (independente de autoridades de Estado) para denunciar violações de diretos humanos na América Latina nos períodos de regime militar, especialmente no Brasil e no Chile. O mesmo tribunal ainda investigou crimes cometidos por soldados norte-americanos durante a Guerra do Vietnã.


O 1º Congresso Nacional da Comissão Brasileira pela Anistia, realizado em 1978 em São Paulo, precedeu a edição da Lei da Anistia, de 1979, que garantia a membros das Forças Armadas ou do governo anistia por crimes políticos entre setembro de 1961 e agosto de 1979.


O Tribunal Permanente dos Povos fundado em 1979, em Bolonha, na Itália, foi outra corte internacional de opinião, que examinou violações de direitos humanos.

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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

UMA PESSOA E VITIMA DE TENTATIVA FRAUDE A CADA 15 SEGUNDOS NO BRASIL

 Indicador da Serasa Experian registrou 1,56 milhão de tentativas de golpes - como clonagem de cartão de crédito - em 2012, número 5,9% maior que no ano passado


SÃO PAULO - As tentativas de fraude de roubo de identidade são comuns e crescem desde 2010, segundo o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes. 


O estudo mostra que um consumidor brasileiro é vítima da tentativa de fraude a cada 15 segundos. São pessoas que correm o risco de ter seus cartões de crédito clonados, talões de cheque falsos emitidos e empréstimos bancários feitos por golpistas em seu nome, entre outros crimes.
Os golpes são classificados como o roubo de dados pessoais de consumidores para obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos ou fazer um negócio sob falsidade ideológica.
Segundo a Serasa Experian, entre janeiro e setembro deste ano 1.565.028 tentativas de fraudes foram registradas.
O número representa um crescimento de 5,9% nas tentativas de fraude na comparação com o mesmo período de 2011 e de 13,7% na comparação com 2010.
Setores
O setor de serviços responde por 36% do total de tentativas de fraudes neste ano. O segmento inclui seguradoras, construtoras, imobiliárias e serviços em geral - como pacotes turísticos, salões de beleza.
Já a telefonia está em segundo lugar, com 33% dos registros entre janeiro e setembro deste ano. Um exemplo de golpe neste segmento é a compra de celulares com documentos falsos ou roubados.
O ranking é completado pelos bancos e financeiras (18%), varejo (11%) e outros (2%).
"É comum, no dia a dia, apresentarmos nossos documentos a quem não conhecemos. Podemos mostrar, por exemplo, a carteira de identidade ou o CPF a funcionários de lojas e porteiros de condomínios. E há ainda os cadastros pela internet. Tudo isso torna difícil ter controle sobre quem tem acesso aos nossos dados, mas há formas de o consumidor se prevenir. Uma delas é nunca deixar o documento com um desconhecido quando você não estiver por perto", afirma Ricardo Loureiro, presidente da Serasa Experian.
Segundo a empresa, o cuidado deve ser maior no fim de ano, quando a busca por crédito e o movimento no comércio são maiores.
Metodologia
Os dados do Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude são resultado do cruzamento do total de consultas de CPFs efetuado mensalmente na empresa, da estimativa do risco de fraude e do valor médio das fraudes efetivamente ocorridas.


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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

CATADORA CRIA BIBLIOTECA COM OBRAS ENCONTRADAS NO LIXO NO INTERIOR DE SP

A catadora de recicláveis Cleuza Aparecida Branco de Oliveira, 47, sempre cultivou o sonho de ter uma biblioteca em sua casa, em Mirassol (455 km de São Paulo). Apaixonada por leitura, queria poder emprestar livros a pessoas sem condições de comprá-los.

De tanto ver obras jogadas no lixo de escritores como Machado de Assis, José Saramago e Érico Veríssimo, Cleuza, então semianalfabeta, passou a lê-las e pôde, neste ano, realizar seu sonho.

Foi guardando livros e inaugurou a biblioteca não em casa, mas na associação de catadores, da qual participa, localizada no centro de triagem do lixo.

O acervo já conta com 300 títulos. Criado e administrado por 11 catadores, o espaço tem um canto de leitura, uma brinquedoteca, uma área para discos, brechó e, claro, os livros.

Augusto Fiorin/Folhapress

A catadora de recicláveis Cleuza Branco de Oliveira, 47, lê obra na cooperativa de Mirassol, no interior de SP
A biblioteca não cobra pelo empréstimo das obras, mas quem quiser comprá-las -há títulos repetidos-, paga R$ 0,50 por livro. A renda vai para a própria associação. O local também faz trocas.

"Não tem burocracia e não precisa preencher nada. Alguns levam para casa e outros optam por ler no próprio barracão", afirmou o biólogo Luiz Fernando Cireia, 31, incentivador e usuário do projeto.

Empresas de Mirassol também têm feito doações, que vão possibilitar, inclusive, a ampliação da área, de acordo com Cleuza.

Com salário de R$ 500 mensais, os catadores terão um pequeno acréscimo de renda, ainda não calculado, graças à venda de alguns títulos.

Mas Cleuza garante que o objetivo não é financeiro, é dar aos colegas a oportunidade de ler esses livros.

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COMISSÃO FACILITA ACESSO A APOSENTADORIA ESPECIAL EM EMPRESA FALIDA



A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou proposta que permite à massa falida ou ao sindicato representante da categoria fornecer declaração que comprove a efetiva exposição do segurado a agentes nocivos à saúde. O documento é usado para requerimento de aposentadoria especial. A medida inclui dispositivo na Lei dos Planos de Benefícios da Previdência Social (8.213/91).

O texto foi aprovado conforme substitutivo apresentado pelo relator, o deputado Guilherme Campos (PSD-SP), ao Projeto de Lei 2067/11, do Senado. O objetivo é assegurar os trabalhadores desempregados por causa da falência da empresa o acesso à documentação necessária para dar entrada no pedido da aposentadoria especial.

O parlamentar destacou a importância da iniciativa para proteger o segurado que se encontra em situação tão desamparada. Pelo texto original, a entidade sindical ficaria responsável por contratar laudo técnico sobre as condições de trabalho do requerente. Mas para o relator a expressão “entidade sindical” poderia trazer insegurança jurídica, por não encontrar definição normativa estabelecida.

“Para sanar esse problema e levando em conta a relevância da proposição apresentada, ponderamos que a expressão que melhor expressaria as preocupações do projeto em pauta seria “sindicato representante da categoria”. Com a adoção dessa expressão mantêm-se a conformidade com o texto constitucional, que legitima o sindicato como defensor dos direitos e interesses de uma categoria”, disse Campos.

Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e em regime de prioridade. Ainda será analisada ainda pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

ACERVO DO ARQUIVO PÚBLICO É DIGITALIZADO E MICROFILMADO

Projeto contempla 105 mil folhas das coleções de jornais.

Em breve, a maioria do acervo documental de Itajaí poderá ser consultado online. A Fundação Genésio Miranda Lins (FGML) iniciou processo de microfilmagem e digitalização das coleções de jornais itajaienses arquivadas no Centro de Documentação e Memória Histórica de Itajaí (CDMH). Serão 105.000 folhas de jornais datados de 1884 aos dias atuais. O processo faz parte do Programa de ampliação de acesso e preservação ao patrimônio cultural documental, aprovado pelo Ministério da Cultura e patrocinado pelo Bradesco Administradora de Consórcios Ltda, no valor de R$80.000,00 (oitenta mil reais).

Após a conclusão do processo, previsto para meados de dezembro, o pesquisador poderá acessar as coleções através do site oficial da FGML (www.fgml.itajai.sc.gov.br). Com isso, o acervo será conservado por mais tempo e a pesquisa será realizada com mais facilidade, visto que os originais em papel não serão mais usados. O novo sistema de pesquisa online irá permitir acesso aos conteúdos publicados, desde 1884, como o jornal Itajahy, A Idea (1886), O Arauto (1903), Progresso (1899-1901), O Pharol (1904-1918, 1921-1936), Novidades (1904-1922), Jornal do Povo (1935-1990), A Nação (1962-1980).

“Vivemos em um mundo digital e globalizado em que a informação é rapidamente disseminada e Itajaí mostra-se presente neste processo possibilitando que os acervos de jornais sejam digitalizados e disponibilizados para todos”, ressalta Vera Lúcia Estork, Diretora do Centro de Documentação. Também serão adquiridos equipamentos e confeccionados material de divulgação do CDMH.

O CDMH está trabalhando também com a catalogação informatizada permitindo agilidade na busca e disseminação dos acervos documentais, iconográficos e bibliográficos e em breve será possível efetuar a busca pelos acervos, também por meio do site. O Centro de Documentação e Memória Histórica está localizado à Rua Lauro Müller, 335 – Centro.

 

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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A CRIATIVIDADE VAI SALVAR O MUNDO (SE A BUROCRACIA NÃO NOS TIRAR O DIREITO DE PENSAR)

Em entrevista exclusiva ao Administradores.com, o sociólogo Domenico de Masi faz projeções sobre o futuro do planeta, explica por que o excesso de trabalho é negativo, critica o Google e o Facebook e, claro, culpa a burocracia pela maioria dos problemas do planeta

"Os burocratas são os assassinos tristes dos alegres criativos". Com essa pequena frase – tão cheia de efeito quanto de significado – o sociólogo italiano Domenico de Masi nos respondeu por que odeia tanto a burocracia. E é justamente essa repulsa a base de boa parte de seu pensamento, que o tornou uma das figuras de maior influência no mundo desde os anos 1970, quando suas obras ganharam notoriedade. Para Domenico, a burocracia gera trabalhos desnecessários, os trabalhos desnecessários nos fazem trabalhar mais, e trabalhando mais em atividades burocráticas temos menos tempo para dedicar à atividade intelectual, para ele, o motor que move o mundo (e nas próximas décadas moverá ainda mais).


O sociólogo estará no Brasil no próximo dia 5, quando fará a abertura do XXII ENBRA (Encontro Brasileiro de Administração) e do VIII Congresso Mundial de Administração, que acontece no Rio de Janeiro. Em entrevista exclusiva ao Administradores.com, ele adiantou alguns pontos que devem permear sua palestra. Ele faz projeções sobre o futuro do planeta, explica por que o excesso de trabalho é negativo, critica o Google e o Facebook e, claro, culpa a burocracia pela maioria dos problemas do planeta (lembrando que, para ele, a burocracia não é simplesmente a demora na tramitação de um documento em um órgão público, mas todas as dificuldades cotidianas que os processos - muitas vezes inúteis - que criamos no dia a dia geram para nossas vidas).

EMPRESÁRIO BRASILEIRO PAGA 14º SALÁRIO A COLABORADORES QUE LEREM UM LIVRO POR MÊS

Em entrevista ao Administradores.com, o empresário Francis Maris Cruz, presidente do Grupo Cometa, conta os detalhes de sua gestão diferenciada voltada à educação - que conta ainda com MBA dentro da própria empresa e até biblioteca em cada uma de suas lojas.

Ele começou aos 12 anos vendendo coxinha de porta em porta. Hoje, Francis Maris Cruz é o presidente de uma das maiores redes de revendas de automóveis e motos do país. O Grupo Cometa, só em 2011, alcançou a venda de mais de 40 mil motocicletas.

No entanto, o que realmente chama atenção no executivo não é a sua ascensão na carreira, mas sim, os diferentes ingredientes que trouxe para a administração da empresa e ajudaram a se consolidar no mercado. Todos os 1.200 funcionários, por exemplo, que leem um livro por mês – e entregam uma resenha – recebem o 14° salário no fim do ano.

Além disso, implementou um projeto audacioso chamado de Universidade Cometa. Nele, oferece um MBA em Gestão de Concessionárias aos seus funcionários. Há também bibliotecas em todas as lojas do Grupo e diversos projetos sociais que vão desde o plantio de árvores frutíferas na casa das famílias carentes, alfabetização de adultos a sessões de filmes para crianças moradoras de cidades em que o cinema mais próximo ultrapassa mil quilômetros.

"A ideia não é dar o peixe, mas sim, ensinar a pescar. Esse é o nosso lema", ressalta Francis, que também foi eleito o próximo prefeito da cidade de Cáceres (MT). O Administradores.com conversou com o executivo para entender melhor todo esse modelo de gestão diferenciado do Grupo Cometa. Leia, abaixo, a entrevista.

Sua história começou aos 12 anos vendendo coxinha. Como foi essa trajetória até chegar ao presidente do Grupo Cometa?

Meu pai era motorista de caminhão, mas chegou uma época em que o dono do caminhão vendeu o transporte e ele ficou desempregado. Então, minha mãe começou a fazer coxinhas e salgadinhos para meus irmãos e eu vendermos na rua. Nessa época, começou nosso trabalho como vendedor de porta em porta. Com isso, as coisas foram melhorando e a família acabou comprando um bar.

Em 1970 mudamos para outra cidade. Quando chegamos lá, o carro quebrou e faltavam peças. Acabou surgindo a ideia de abrir uma autopeças. Então, sem experiência nenhuma, a família embarcou com a cara, a coragem e a loucura. No início não vendia nada, foi difícil e acabamos vendendo roupas nessa época também para ir sobrevivendo.

Até que a autopeças foi melhorando e 1984 conseguimos ter 10 lojas nesse setor. Na época, a gente tinha um consórcio para um fusca e eu acabei trocando ele por uma moto. Minha mãe tinha achando um absurdo. "Como você troca um carro 0 km por uma moto? Você que é visto como um cara que saber fazer negócios". Isso de alguma forma despertou o meu interesse e acabei mandando uma correspondência para a Honda, para abrirmos uma concessionária aqui na cidade. No primeiro momento não deu certo, só depois de muito tempo conseguimos abrir a primeira loja. O negócio foi dando certo, fomos crescendo e consolidando o negócio na região. Hoje, temos 11 revendas Honda, três Volkswagen e duas revendas Hyundai, além de propriedades rurais.
Você tem uma iniciativa com livros bastante peculiar com seus funcionários, que envolve um 14º salário. Você pode nos explicar como funciona e como surgiu essa ideia?

Toda vez que você tem uma deficiência, você procura suprir de uma maneira. Em nosso caso, tínhamos uma deficiência em achar pessoas com nível superior, pessoas já formadas. Diante disso, precisávamos capacitar nossos funcionários. Então, além deles participarem de todos os cursos, treinamentos, congressos, nós fizemos esse projeto dos livros. Instituímos que todo o colaborador deveria ler um livro por mês e entregar um resumo.

Então, a loja atingindo as metas, o funcionário recebe o 14º salário e até o 15º salário. O detalhe é que para o funcionário receber, ele tem que ter ler os 12 livros e entregar os resumos. Isso é uma maneira de incentivá-los para que leiam e estejam sempre se atualizando. É uma formação pessoal e profissional muito boa que tem dado ótimos resultados. Isso ajudou os nossos colaboradores a crescerem muito. Só para você ter uma ideia, 99% dos nossos gerentes começaram de baixo, são prata da casa, e foram desenvolvendo suas habilidades.
É uma iniciativa direcionada para todos os funcionários?

Sim. Para todos. Cada loja tem uma biblioteca de 200 a 300 livros disponíveis para uso comum, o que torna uma oportunidade intelectual para o crescimento de cada um.
Qual é a média de adesão dos funcionários com essa iniciativa?

A média de leitura é muito alta, aproximadamente 95% dos funcionários. Enfim, temos uma confraternização, onde celebramos os aniversariantes do mês. E nesses momentos, fazemos o sorteio de 10 colaboradores para comentarem sobre o seu livro e dizer o que acharam. Inclusive, há muitos colaboradores que, mesmo não sendo sorteados, pedem para falar sobre o livro que leram.
Outra ação que chamou bastante atenção foi a Universidade Cometa. Vocês fizeram um MBA em Gestão para seus funcionários?

A cada trimestre eles têm uma matéria e aí os funcionários vão recebendo um suporte daquilo que vem no dia a dia do trabalho. É um MBA de formação de administradores de concessionárias. Eu fui dar uma palestra recente em Curitiba e todo mundo reclamando que não encontra funcionário capacitado no mercado e que não acha para contratar. E me perguntaram como fazemos isso já que estamos sempre abrindo novas lojas em expansão. E a resposta é: nós formamos. Nós investimos pesado na formação deles, e é o que nos tem dado tranquilidade, pois às vezes o funcionário recebe propostas até maiores do que pagamos, mas ele prefere permanecer.
Fora isso, há também projetos socioambientais como o incentivo a plantar árvores e cinema. Você pode nos contar mais detalhes sobre esses projetos que fazem?

Temos o projeto Cometa Educação, aonde o professor vai à casa do aluno e dá aula. É uma parceria com a UNEC e os alunos de Pedagogia. Tem o Cometa Fortificar, que é um projeto ecológico de plantio de árvores, onde plantamos árvores frutíferas na casa das famílias carentes.

Tem ainda o Cine Cometa, onde levamos os alunos de escolas municipais e estaduais para assistir filmes em nossos auditórios. Depois da sessão, eles fazer um trabalho em grupo sobre as mensagens principais do filme para que ampliem sua percepção. É servido até pipoca, refrigerante, enfim, para que aconteça o aspecto lúdico do cinema.

Temos o Cometa Solidariedade que é de doação de motocicletas para entidades. Enfim, temos vários projetos, como a Inclusão Digital, o Cometa Redação que, de alguma maneira, vem colaborando para o crescimento da comunidade. A ideia não é dar o peixe, mas sim, ensinar a pescar. Esse é o nosso lema.
Notamos que existe uma preocupação muito grande com os colaboradores. Poderíamos dizer que essa é o segredo de sucesso de grandes empresas, pelo menos o seu? Dar uma grande atenção aos funcionários...

Sem sombra de dúvida. Você não consegue desenvolver um sonho sozinho. É preciso que você tenha pessoas, que estejam ao seu lado e que acreditem. Aquelas que estejam dispostas a lutar junto com você. É isso o que faz o sucesso do Projeto Cometa. O tripé colaboradores, ética e clientes bem atendidos está permitindo abrirmos novas lojas e crescermos.
Você conhece bem como administrar uma empresa privada e acabou de ser eleito prefeito na cidade de Cáceres. O que você acredita que dá para extrair da administração privada para aplicar na administração publica?

Eu pretendo levar esse sistema de gestão e valorização que nós temos para administração pública. A ideia é que eles se motivem e trabalhem com afinco, para que também sejam reconhecidos pela sociedade como bons prestadores de serviço. É acabar com aquela imagem que todo funcionário público que é vagabundo e não trabalha. Nós precisamos mudar essa imagem. É isso que vou propor na prefeitura: que os servidores trabalhem com empenho no atendimento da população para que tenhamos um resultado satisfatório e consigamos fazer uma boa administração. 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

PROGRAMA LEVA BIBLIOTECAS RURAIS A FAMÍLIAS DE AGRICULTORES DE RORAIMA

Ação é desenvolvida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Projeto pretende incentivar a leitura e facilitar o acesso à informação.

Famílias de agricultores do sul de Roraima ganharam uma biblioteca. A ação do Ministério do Desenvolvimento Agrário tem o objetivo de incentivar a leitura e facilitar o acesso à informação.

 Há seis anos, Oneide Araújo e a família realiza a tarefa diária de cuidar do cultivo de hortaliças na chácara onde moram. Toda produção é comercializada em uma feira no município do João da Baliza, no sul de Roraima. Como outros produtores, a agricultora aprendeu o trabalho na prática.

 As bibliotecas rurais darão aos produtores a possibilidade de consultar livros e tirar dúvidas sobre a vida rural. O conhecimento por meio da leitura chega às comunidades rurais através do Programa Arco das Letras. No lugar há exemplares que vão desde a literatura infantil a livros técnicos.

 A missão dos agentes de leitura, escolhidos pelas comunidades onde moram, é conquistar leitores a cada dia. Eles aprendem como irá funcionar a biblioteca na comunidade. O agente de leitura Raimundo Araújo, do município de Caroebe, foi capacitado e será responsável por uma das bibliotecas rurais.

 Em Roraima, já são 70 bibliotecas rurais do projeto que atende 15 mil famílias.

COMO SE FAZ UMA BIBLIOTECA


Uma biblioteca não se faz de doação de livros que não queremos mais em casa - “isto é sucata” -, e o acervo deve ser selecionado conforme a demanda de cada público. Para cada tipo de biblioteca, uma função diferente e, consequentemente, uma acervo diversificado. É o que sustenta a Professora da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia, da Universidade Federal de Goiânia, Maria das Graças Monteiro Castro. Professora na disciplina Formação e Desenvolvimento de Coleções (Acervo) e Diretora da Editora UFG, esteve à frente do Projeto Leia Goiânia, de 2001 a 2004, onde implementou 92 bibliotecas na rede municipal de ensino de Goiânia e 98 bibliotecas circulantes nos centros municipais de educação infantil. Nesta entrevista exclusiva ao Instituto Ecofuturo, Graça Castro fala da diferença entre espaços de leitura e biblioteca, das particularidades e esforços de implementação de bibliotecas escolares e dos desafios para que se cumpra a lei 12.244/10, que determina a implantação de bibliotecas em todas as instituições de ensino do País até 2020.

 

No 14° Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, realizado recentemente no Rio de Janeiro, você chamou a atenção para a diferença entre espaços de leitura e bibliotecas. Poderia nos dizer, em linhas gerais, que diferença é essa e por que ela deve ser levada em conta ao se pensarem políticas de promoção da leitura?

Espaço de leitura é todo e qualquer espaço que proporcione conforto para o ato de ler. Portanto, estamos falando de um banco de ônibus, trem, avião, sofá da sala ou mesmo um tapete com almofadas, uma cadeira de praia, debaixo de uma árvore frondosa, enfim são inúmeros.

A biblioteca seria aquele lugar previamente preparado para abrigar o suporte e o ato de ler. O lugar que promove o encontro do leitor com as mais variadas estruturas textuais e suportes de leitura. Ali encontramos o livro para o puro deleite ou para nos trazer conhecimentos específicos que precisamos. A biblioteca democratiza o acesso do conhecimento e atua na formação permanente do sujeito leitor por meio do acervo selecionado para um público específico, com atividades que deem suporte para o processo de pesquisa por meio de buscas de fontes de informação. A organização do espaço físico favorece o encontro do leitor com o livro.

 
De 2001 a 2004, você implementou 92 bibliotecas escolares na rede municipal de ensino de Goiânia e 98 bibliotecas circulantes nos centros municipais de educação infantil, através do Projeto Leia Goiânia. Quais as particulares desse tipo de biblioteca e como concorreram os esforços para implementá-las e mantê-las em pleno funcionamento?

O projeto previa a reestruturação das salas de aula que eram denominadas bibliotecas na rede municipal de ensino de Goiânia. Fizemos um diagnóstico físico e estrutural destes espaços nas 156 escolas da rede e detectamos que em 92 poderíamos atuar imediatamente.

Com a criação de um Sistema de Bibliotecas Escolares para a Rede Municipal de Ensino de Goiânia, capaz de articular a proposta de educação inclusiva, quatro ações foram implementadas: a reestruturação física das bibliotecas; a formação continuada nas áreas técnica e pedagógica; o estabelecimento de diretrizes para a política de seleção e aquisição do acervo; e o estabelecimento de diretrizes para a garantia da atuação da biblioteca como um centro dinamizador da leitura e difusor de conhecimento.

Como abrangia a educação infantil, o ensino fundamental e a educação de adolescentes, jovens e adultos, e considerando as diferentes condições das unidades de ensino, o projeto estabeleceu um cronograma em que o atendimento se daria inicialmente nas escolas que já dispusessem de espaço físico adequado e se estenderia, posteriormente, até aquelas que necessitassem de adequação e/ou construção da sala destinada à biblioteca.

Estruturou-se uma biblioteca padrão de 40 m2 (veja layout abaixo). Contamos com a assessoria de um grupo de arquitetos ( Argumento Arquitetura), um grupo selecionado de professores das universidades estadual e federal, bem como de professores da própria rede para selecionarmos o acervo e iniciamos um processo de formação de diretores, coordenadores e auxiliares de biblioteca.

Você também sustenta que o acervo deve ser escolhido em consonância com as demandas do público de cada biblioteca. Como reconhecer essas demandas? Variam, realmente, de público para público de maneira tão perceptível? Não haveria, dentro do patrimônio cultural de um país, um acervo de interesse comum a leitores de todas as regiões?

Como professora da disciplina de Formação e desenvolvimento de coleções (acervo) do curso de biblioteconomia, sempre digo aos meus alunos que uma biblioteca deve ser sempre planejada para atender seus usuários. Um acervo nunca pode ser formado aleatoriamente e menos ainda com doações. Para cada tipo de biblioteca , uma função diferente e, consequentemente, um acervo diferente. No caso específico da biblioteca escolar o acervo deverá atender ao projeto político pedagógico da escola e atender às especificidades deste currículo.

No Projeto Leia Goiânia, a política de seleção adotada para compra do acervo foi desenvolvida por uma equipe de professores da Universidade Federal de Goiás, da Universidade Estadual de Goiás e da rede municipal de ensino. Na constituição do acervo, levou-se em conta a necessidade de oferecer diversas estruturas textuais: literatura, obras de referência, livros informativos e textos teóricos de apoio aos professores. Por decisão prévia, os livros didáticos foram retirados da biblioteca. A seleção de cerca de 2.800 títulos contemplou: obras de referência, contos populares, histórias em quadrinhos, literatura infantil, literatura juvenil, literatura para jovens e adultos, livros informativos nas mais diversas áreas (ciências, história, geografia, matemática, artes e língua estrangeira) e livros de apoio teórico para o professor nessas mesmas áreas.


Como você tem acompanhado os desdobramentos da efetivação da lei 12.244/10, que determina a implantação de bibliotecas em todas as instituições de ensino brasileiras até 2020?

A lei é extremamente válida, no entanto não há garantia de que será realmente implantada. Temos uma série de limitadores:

1) O tamanho do sistema educacional brasileiro e as competências de cada instâncias federativas: união, estado e município;

2) A falta de definição de uma política de implantação de bibliotecas escolares pelo MEC, como fiscalizador, definindo a abrangência/conceitos, acervo básico (do próprio PNBE, por exemplo); espaço físico, mobiliário, equipamentos eletrônicos etc.

3) Falta de profissionais qualificados para atuar no espaço pedagógico. Os cursos de biblioteconomia deveriam preparar o profissional par atuar neste universo, aliando conhecimento das áreas específicas da informação com os conhecimentos pedagógicos.

 
Quais os cuidados que precisamos observar, se isso é possível, para que a leitura em bibliotecas escolares ultrapassem o uso meramente paradidático da literatura?

Fazer com que a biblioteca realmente seja inserida no contexto pedagógico: participar do projeto político pedagógico e fundamentalmente da prática cotidiana dos professores.

 
Como o professor pode identificar o tipo de biblioteca adequado para o seu desempenho como docente?

As universidades e faculdades têm que possuir obrigatoriamente, para que seus cursos sejam autorizados pelo MEC, bibliotecas universitárias, que por sua vez devem ter em seus acervos a bibliografia básica das disciplinas dos cursos que possuem. Assim sendo, um aluno de qualquer curso de licenciatura deveria ter a biblioteca de sua universidade como referência para sua formação. Quem sabe assim, não seria tocado pela necessidade de ter uma pequena biblioteca de área em sua própria casa?

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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

29 DE OUTUBRO – DIA NACIONAL DO LIVRO

Você sabe por que 29 de outubro foi escolhido para ser o Dia Nacional do Livro? É que nesse dia, do ano de 1810, o Brasil ganhou a sua primeira biblioteca! A Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil e se tornou a Biblioteca Nacional.

 O acervo chegou antes, em 1808. Era composto por cerca de 60 mil peças incluindo livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas. Como a bilbioteca ainda não estava pronta, as obras ficaram guardadas no Hospital do Convento da Ordem Terceira do Carmo, no Rio de Janeiro.

 Quando os livros foram transferidos para a sua casa oficial, a Biblioteca Nacional foi inaugurada. Mas ela só foi aberta ao público em 1814.

 Em 1910, a Biblioteca passou a ter uma nova sede. Hoje, segundo a Unesco, a Biblioteca Nacional, situada na Avenida Rio Branco, 219, no centro da cidade do Rio de Janeiro, é a maior biblioteca da América Latina e a oitava maior do mundo.

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EX-ANALFABETA FAZ CAMPANHA PARA AMPLIAR BIBLIOTECA CRIADA POR ELA NICE, COMO É CONHECIDA, ABRIU ESPAÇO EM 2005, COM CERCA DE 800 LIVROS.

HOJE, AS 3 SALAS ACUMULAM QUASE 4,5 MIL PUBLICAÇÕES E 60 VISITANTES DIÁRIOS


Cleonice da Silva era dona de casa e tinha uma filha adolescente. Estava preocupada com a violência na comunidade onde mora, Caranguejo Tabaiares, na Ilha do Retiro, no Recife. O ano era 2005, quando, por meio de um trabalho com idosos, conheceu a diretora de uma escola mantida pela Universidade de Pernambuco (UPE), que lhe deu uma boa ideia para superar a angústia no peito. Mesmo sem sabe ler ou escrever, Nice, como é conhecida, abriu uma biblioteca comunitária.

 Os livros vieram de doações de professores e alunos da universidade, cerca de 800, no total. O aluguel do espaço era pago com dinheiro que Nice conseguia vendendo doces e salgados. O imóvel foi reformado com ajuda de parceiros que conseguiu junto com a UPE. Sete anos depois, a iniciativa colhe frutos. O local está sempre lotado de crianças, que preferem pegar um livro a ficar de bobeira na rua. Hoje, a luta é para ampliar o espaço. O novo prédio já começou a ser construído, a poucos metros da sede atual, mas falta dinheiro para concluir o sonho.

 Não cabe mais nada na Biblioteca Comunitária Caranguejo Tabaiares, que ocupa pouco mais de 30 metros quadrados. Nem livros - atualmente, são quase 4,5 mil que lotam estantes e caixas -, nem a garotada, já que o espaço registra uma média de 60 visitas por dia. Kemilly Silva, 8 anos, é frequentadora assídua. Acabou de ler "O Pequeno Polegar" e sabe contar a história todinha. "Minha mãe diz que eu estou ficando mais esperta agora", orgulha-se.

Leitura x violência

O local abre nos três turnos, de segunda a sexta-feira. O imóvel tem apenas três salinhas para acomodar tudo e todos, e um banheiro. Não há ar-condicionado. Ninguém paga nada para pegar um livro emprestado. Basta fazer o cadastro e devolver o empréstimo no prazo de uma semana. Quase não há atrasos na entrega. Para pegar outra obra, só estando com a ficha limpa.

 Nice também conhece todo mundo na comunidade, mora lá há 40 anos, é capaz de buscar o livro na casa da pessoa se houver atraso. E foi por gostar tanto de Caranguejo Tabaiares que ela resolveu montar a biblioteca. "Aqui, naquela época, morriam três, quatro adolescentes por mês, fora o crack. Me preocupava, isso. Os meninos largavam da escola e iam para rua, não tinham opção. Vinha um traficante e pronto. Agora, muitos passam horas aqui, e a violência diminuiu muito", acredita.

 Nice tem 55 anos e conta que, há cerca de cinco, começou a estudar. "Minha família era pobre, e tive que trabalhar para sustentar minha filha. Às vezes pensava, 'e se alguém pedir para eu ler alguma coisa, eu não vou saber'. Agora, sei ler e escrever. Gosto mais de livros de receita, já que trabalho cozinhando", afirma.

 A biblioteca tem livro de receitas, mas o forte é literatura infantil. É por essas prateleiras que Danrley Silva, 15 anos, busca a próxima leitura. Desde criança frequenta o espaço. Um dos livros de que mais gostou foi "O Patinho Feio". "[Gostei porque] É uma história humilde, como a minha. Aprendi que não vale julgar ninguém pelas aparências, como já aconteceu comigo, por morar aqui", ensina. "Peter Pan" também está na lista dos favoritos. "É que mostra um mundo diferente do meu, cheio de aventuras", explica.

Voluntários

Nove pessoas trabalham na biblioteca. Eles dividem cinco bolsas de incentivo. Nem vale a pena dizer quanto fica para cada um. O que vale mesmo é o amor que têm pelo trabalho. É por isso que Mayara Silva, 19 anos, está lá, todos os dias, fazendo de tudo um pouco, há quatro anos. "Adoro contar histórias para as crianças, e tem umas que realmente cativam a gente. Sabemos que em casa apanham, sofrem violência, mas vêm aqui se divertir", comenta.

 Mayara adora ler Pedro Bandeira. O livro "A Marca de Uma Lágrima" é o predileto dela. A jovem faz cursinho pré-vestibular, quer tentar uma vaga em Biblioteconomia ou Design Gráfico. Imaginem o por quê? "É que aqui eu organizo o acervo e também mantenho o blog da biblioteca", conta, aos risos.

 A estudante de Pedagogia Jully Almeida também trabalha no local e desenvolve um projeto bem bacana: um intercâmbio com a biblioteca de Rua de Nantes, em Paris. "Os franceses mandam livros para cá e o meninos daqui produzem material para eles. É muito legal. Adoro contar histórias em francês para eles. Já produzimos até uma peça", disse.

 Para isso, Jully está aprendendo a língua estrangeira e aproveita para ensinar às crianças, como Kaylane Milet, 9 anos. "Já sei contar números, perguntar 'comment tu t'appelles?' [como você se chama?], falar bonjour [bom dia], várias coisas. Às vezes me 'amostro' um pouqinho, mas só para meus pais", entrega Kaylane.
Lentidão nas obras

 O novo espaço para a Biblioteca Comunitária de Caranguejo Tabaiares já tem terreno e as obras começaram, mas se arrastam com dificuldades ao longo de mais de um ano. Faltam materiais de construção e dinheiro para custear a mão de obra, valor estimado em R$ 200 mil. O imóvel está sendo construído junto com o Clube dos Idosos Unidos Venceremos, que pertence à mesma comunidade e também vai usar o espaço para as suas atividades.

 Para doar materiais de construção, é possível em contato com a empresa M5 Contabilidade e Consultoria Empresarial, que funciona no mesmo bairro, e resolveu organizar uma campanha que segue até dezembro de 2012. O telefone é (81) 3231-4708.

 Doações em dinheiro podem ser realizadas com depósito na conta poupança do Clube de Idosos Unidos Venceremos: Banco do Brasil, agência 1833-3, Conta-poupança 24.332-9, variação 51. Outras informações estão disponíveis no blog da biblioteca.

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DEMITIDO TERÁ CONTRATO DE RESCISÃO MAIS DETALHADO A PARTIR DE NOVEMBRO

Para poder receber o seguro-desemprego e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS, os trabalhadores que forem demitidos de uma empresa, a partir de 1º de novembro, terão que assinar um novo Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho - TRCT. O documento, bem mais detalhado, terá um campo específico até para as gorjetas, caso tenham sido recebidas, e para as férias vencidas e proporcionais, por período de aquisição. 

De acordo com a advogada trabalhista da IOB Folhamatic, Ydileuse Martins, as empresas deverão ainda adotar dois formulários: o Termo de Quitação e o Termo de Homologação. "O Termo de Quitação deverá ser utilizado em conjunto com o Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, que será válido quando o empregado tiver menos que um ano de serviço", diz.

"Por sua vez, o Termo de Homologação será usado para as rescisões de contrato das pessoas que têm mais de um ano de serviço. Nesses casos também é obrigatório a assistência e homologação pelo sindicato profissional da categoria ou pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE".

A advogada alerta que os termos de rescisão de contrato de trabalho elaborados pelas empresas só poderão ser aceitos até o dia 31 de outubro de 2012. Ydileuse explica que os novos TRCTs foram estabelecidos pela Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego nº 1.057/2012, publicada no Diário Oficial da União do dia 9 de julho, e retificada no dia 12 de julho de 2012.

"A medida inseriu um novo código de causa e afastamento no documento, para preenchimento respectivamente nos campos 22 e 27: o ‘NC0, que corresponde à causa do afastamento de rescisão por nulidade do contrato de trabalho, declarada em decisão judicial", relata.

A partir de 1º de novembro, os sindicatos, as Superintendências Regionais do Trabalho e a Caixa Econômica Federal exigirão os novos modelos de TRCT e os Termos de Quitação e Homologação. Para a especialista, "o novo modelo deixa mais claro para o trabalhador o que está sendo pago na rescisão", finaliza Ydileuse Martins.


Fonte: Canal Executivo


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ACERVO SOBRE BRASIL É ABERTO EM UNIVERSIDADE DOS EUA

A Universidade Brown, uma das mais tradicionais dos Estados Unidos, inaugura hoje a sua coleção Brasiliana.

A coleção tem como âncora a biblioteca pessoal do brasilianista Thomas E. Skidmore, 80, doada à universidade em 2006. São 6.000 livros, em português e inglês, dos séculos 19 e 20, em áreas relacionadas a nacionalismo, política, raça, economia e história brasileiros.

Na coleção também há desde literatura de cordel às primeiras críticas literárias ao trabalho de Machado de Assis, além de panfletos da Igreja Positivista do Brasil, livros sobre espiritismo, escravidão e a luta abolicionista.

A Brasiliana é uma iniciativa do professor de História e Estudos Brasileiros James Green, que dirige a coleção.

O lançamento uniu os Centros de Estudos Latino-Americanos e do Caribe e os Departamentos de Estudos brasileiros e portugueses.

Localizada em Providence, a 250 km de Nova York, e fundada em 1764, a Universidade Brown tem uma das maiores coleções de livros de América Latina e Brasil nos Estados Unidos. Sua biblioteca possui 6,8 milhões de livros.

O acervo do brasilianista foi catalogado e organizado pelos alunos nos últimos dois anos e um site será lançado para facilitar o acesso à documentação.


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terça-feira, 23 de outubro de 2012

CAMPANHA QUER ZERAR DÉFICIT DE BIBLIOTECAS NO BRASIL

Imagine se 24 bibliotecas fossem instaladas diariamente no país até os próximos oito anos. O que seria considerado um sonho para as instituições de ensino é, na verdade, a conta que precisaria ser feita para atender à lei 12.244, sancionada há dois anos, que obriga todas as escolas públicas e privadas a implantarem bibliotecas até 2020. Para dar luz ao tema, o Instituto EcoFuturo em parceria com empresas privadas e organizações civis lançou recentemente a campanha Eu Quero Minha Biblioteca. A ideia é sensibilizar os candidatos e prefeitos eleitos pelas eleições municipais e, principalmente, mobilizar a população para exigir a efetividade deste direito.

No ar até 2020, a campanha mantem um portal onde as pessoas podem encontrar informações sobre a lei, detalhes sobre os projetos de lei em tramitação que abordem temas relativos às bibliotecas, audiências públicas agendadas, informações sobre como montar essas bibliotecas, quais escolas já criaram as suas e ainda um mapa, em tempo real, que mostra a adesão da população e de candidatos ao movimento.

Ao aderir à campanha, os participantes passam a ser informados sobre estratégias que podem e devem ser implementadas no âmbito da política pública local. A ideia é articular uma rede ativa de mobilizadores, promovendo o mesmo impacto social do projeto Ficha Limpa (projeto de lei que teve origem na sociedade e que ganhou espaço na câmara legislativa depois de uma mobilização em massa e foi efetivado). Até agora, mais 800 pessoas em 379 municípios de todos os estados do país já apoiaram a campanha, que também conta com a adesão de mais de 20 parlamentares e 74 instituições.

Segundo Christine Fontelles, diretora de educação e cultura do Instituto EcoFuturo e uma das principais idealizadoras da campanha, a implantação das bibliotecas é apenas um dos eixos do grande tema que é a educação para a leitura no Brasil. "Ter o espaço é fundamental mas paralelamente é necessário discutir esse recheio. É preciso assegurar tanto uma arquitetura confortável como profissionais dentro dessas bibliotecas e acervos que conversem com o projeto pedagógico", afirma.

Ainda de acordo com Christine, a preocupação com a leitura no Brasil entrou em pauta há cerca de uma década e vem, pouco a pouco, ganhando uma projeção maior, ainda que não seja tratada de uma forma muito adequada para a efetividade da política pública. "Em muitas regiões, surgem 'jegue-livro', 'carro-livro', 'balsa-livro' ou 'bicicleta-livro' buscando dar conta desse déficit", diz.

Cartilha

Outra ação da campanha é distribuição de uma cartilha que orienta gestores públicos sobre como acessar recursos para implementar e manter bibliotecas. A publicação traz, por meio de uma linguagem bem simplificada, informações relacionadas a espaço e infraestrutura – com livros em braile e audiolivros –, equipe e atendimento. "Descobrimos que os gestores, muitas vezes, desconhecem as políticas existentes e não fazem sinapses dos recursos de educação voltados para as bibliotecas", afirma Christine.

A publicação já foi enviada a governadores, secretários estaduais de educação, parlamentares da comissão de educação, imprensa e organizações que fazem parte da coalizão que organiza a campanha. Em 2013, o material será distribuído a todos os prefeitos e secretários municipais de educação.

Bibliotecas-parque

Um das inspirações da campanha é o modelo realizado pelo país vizinho. Na Colômbia, todas as escolas têm biblioteca e o processo de implementação dessas fez parte de um esforço maior para ampliar a cultura de leitura da população. A proposta integrou um programa nacional de redução da violência, que teve início em Medelín e expandiu para outras cidades como Bogotá (considerada a Capital Mundial do Livro pela Unesco em 2007). " Essas cidades oferecem um serviço público de referência, mantêm uma infraestrutura de qualidade e são vocacionadas para promover leitura em todas as faixas etárias", diz Christine.

No Brasil, um modelo similar, também inspirado na iniciativa colombina, é realizado há dois anos no Rio de Janeiro. A Biblioteca-Parque, considerada a primeira no Brasil, tem 3.300 metros quadrados e beneficia moradores de 16 favelas de Manguinhos, uma das áreas mais pobres da cidade. Ainda no estado, a Biblioteca Pública de Niterói é a segunda biblioteca-parque, reinaugurada em julho deste ano. A próxima a adotar o modelo será a favela da Rocinha.
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GOSTO PELA LEITURA É DESENVOLVIDO EM PROJETO



Você sabe por que o dia 29 de outubro é considerado o dia Nacional do Livro? Porque foi nesse mesmo dia, no ano de 1810, que a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil. Foi, então, fundada a Biblioteca Nacional e por isso a data foi escolhida para celebrar o Dia Nacional do Livro. Apesar de a data já existir há muito tempo, o hábito da leitura não é uma prática muito comum no Brasil.

 É o que aponta pesquisa lançada em setembro deste ano, pela Fundação Itaú Social e Datafolha. O estudo apontou que 60% dos entrevistados não teve experiência de leitura de livros ou histórias durante sua infância. Por outro lado, o levantamento demonstrou que os entrevistados têm consciência de que ler é importante para o desenvolvimento intelectual. Com relação à importância e percepção sobre incentivo à leitura, 96% afirmaram ser importante incentivar crianças de até 5 anos a ter gosto pela leitura. Por isso, iniciativas como o projeto Baú de Leitura, metodologia desenvolvida pelo Movimento de Organização Comunitária (MOC), que é desenvolvida na Bahia e em Sergipe, se destaca nessa conjuntura educacional.

 O Instituto Recriando desenvolve o Baú de Leitura desde 2003, projeto que trabalha com a educação contextualizada por meio de três temáticas. A primeira desenvolve atividades referentes à identidade pessoal, social e cultural, abordando a questão do ‘eu’. A segunda temática do projeto trata sobre o meio ambiente, devido à necessidade de despertar a consciência ambiental nas novas gerações. Por último, os educadores do Baú de Leitura trabalham questões relacionadas à cidadania.

 “O objetivo central do Baú de Leitura é provocar o gosto e o prazer pela leitura em crianças e adolescentes. De forma crítica e reflexiva, o projeto visa estimular um olhar voltado à comunidade e à própria realidade, dando outro sentido à leitura, para que ela não cumpra apenas um papel didático. Procuramos trazer a leitura para o contexto dos meninos e meninas para que, assim, eles possam atuar na realidade deles e fazer a diferença, para que eles mudem a realidade deles através do pensamento”, explica a coordenadora pedagógica do Instituto Recriando, Conceição Borges.

 Vera Carneiro, coordenadora do Programa de Educação do MOC completa. “Outro objetivo é praticar uma leitura de forma prazerosa, lúdica e contextualizada com estas crianças e adolescentes, ou seja, estimular o gosto duradouro pela leitura”.

 Foi com essa vontade de valorizar o aprendizado e sensibilizar meninos e meninas, conscientizando-os sobre o papel da leitura, que o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) entrou em contato com o Movimento das Organizações Comunitárias (MOC), organização de Feira de Santana (BA), para que ela realizasse ações voltadas à leitura de forma lúdica e reflexiva junto a crianças. Vale lembrar também a atuação do Centro Dom José Brandão de Castro (CDJBC). Desde o segundo semestre de 2002, por indicação do MOC, o Centro foi convidado pelo UNICEF para implantar e monitorar o projeto Baú de Leitura no interior do estado. Assim, em 2002, foi iniciado trabalho em oito municípios da região citrícola e cinco da região São Francisco.

 De acordo a assessora educacional do CDJBC, Joilda Aquino, atualmente o projeto está acontecendo em 54 municípios do interior de Sergipe, o que equivale a cerca de 70% do estado, estatística bastante promissora. Ela também ressalta que a iniciativa tem se tornado política pública em algumas cidades do interior. “Os municípios que estão com o Baú atualmente mantêm o projeto ou pela secretaria de educação ou pela secretaria de ação social. Os gestores nos procuram e nós fazemos a capacitação dos educadores e monitoramos as atividades”, complementou a assessora.

Resultados

 A educadora Ana Cláudia Ribeiro atua no projeto em Aracaju, onde o Baú de Leitura é desenvolvido pelo Instituto Recriando. Ela conta que de todos os educandos orientados por ela, a menina Clarícia se destaca pela desenvoltura com as palavras. Inteligente e muito comunicativa, a garota é um exemplo de como o estímulo à leitura auxilia no desenvolvimento da aprendizagem e do senso cognitivo. “Nas aulas, ela sempre tem um exemplo para dar. Ela consegue fazer a relação com o que aprende aqui e as vivências dela. Clarícia é bem perceptiva”, comenta a educadora.

 Ela não é a única criança que enche os olhos de Ana Cláudia de alegria. A pequena Francielly também é um dos grandes nomes da turma do Baú de Leitura, que é desenvolvido atualmente na Casinha de Jesus, no bairro Santa Maria. Nas palavras da educadora, a menina é uma mobilizadora social. Apesar da pouca idade, ela consegue estimular os coleguinhas a participar das atividades. “Eu lembro que, em uma atividade do Baú, ela conseguiu organizar as atividades com os meninos como se ela própria fosse a professora. Ela é uma líder nata”, orgulha-se a educadora.

 Esses são só alguns exemplos da importância de um projeto de literatura infanto-juvenil no desenvolvimento intelectual e social dessas crianças. Muito mais do que estimular a leitura, o projeto trabalha as temáticas presentes nos livros por meio de outras atividades. A cada encontro, um novo universo de fantasias é descoberto. E, a cada descoberta, os meninos e meninas empenham-se em dar suas próprias interpretações para as histórias. “É tão bom ver a sinceridade no rosto das crianças. É um trabalho muito gratificante. Fico sem palavras para explicar”, comenta a educadora sobre o resultado obtido no seu trabalho.

Fonte: Ascom Instituto Recriando


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

JUSTIÇA RESGATA ARQUIVO MORTO

A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania reformulou todo o arquivo morto da pasta para contribuir com o resgate da memória da história do Estado e aumentar a transparência dos bens públicos.

 O acervo ocupa o andar superior do prédio onde funciona a garagem da Secretaria da Justiça, no bairro do Glicério. O espaço tem uma área aproximada de mil metros quadrados, e está dividido por 15 prateleiras. Há documentos desde 1893 até os dias de hoje e compreende todos os processos de diferentes áreas de todas as Secretarias do Estado de São Paulo.

 Entre os processos foram encontrados documentação da época da Revolução de 1932, registros de despesas penitenciárias, pedido de camisa de força para crianças e adolescentes, assinaturas de governantes de São Paulo como Pedro de Toledo, solicitação de entrada de imigrantes no país, pedidos de naturalização, entre outras curiosidades.

Tirando o pó

 Angela Maria Peixoto Dias, assistente técnica da Secretaria da Justiça e responsável pela organização do arquivo, explicou que o espaço estava parado, sem organização e limpeza desde 1994.

 O trabalho pesado, segundo ela, começou em fevereiro deste ano, com um mutirão, em que participaram todos os reeducandos, que prestam serviços na Secretaria. O trabalho envolve a ressocialização dos reeducandos, detentos que cumprem pena em regime semiaberto no presídio de Franco da Rocha, e que possui convênio com a Secretaria da Justiça. "Conviver com eles, conhecer a natureza de cada um, os anseios, os sonhos, a pretensão futura me fez pensar que nem tudo é como a gente pensa e que temos que olhar os dois lados”.

 Depois da limpeza pesada, três pessoas se dedicaram a restaurar os processos. Foram nove meses de trabalho envolvendo cerca de dez mil documentos sujos, mofados e empoeirados. Em uma primeira etapa estão sendo resgatados os documentos até 1940. Em uma segunda etapa eles serão separados por ano e data.

  Angela conta que recuperar o arquivo é um trabalho de resgate em todos os sentidos: da história, do ser humano e do social. “É um trabalho muito interessante poder conviver e aprender um pouco da história do país. Esta é uma experiência que vou levar para sempre”

Digitalização

 O futuro de todo esse trabalho será a digitalização dos documentos e arquivos na Casa Civil do Governo para onde todos os documentos serão transferidos quando o processo for finalizado.

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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

ORDEM NA BAGUNÇA

Os papéis vão se juntando em cima da mesa do escritório, formando enormes pilhas. Você pressente que um dia aquela papelada pode se virar contra você, mas continua esperando dar uma brecha na rotina para colocar em ordem os documentos. De repente, precisa da apólice do seguro do carro. Sabe que está guardada, mas onde? Em casa ou na empresa? Nas gavetas ou nas pastas? Começa, então, uma procura estressante, que vem acompanhada da antiga resignação de não conseguir manter a organização. Você bem que tenta, tira uma tarde para colocar as coisas em ordem. Um mês depois, a bagunça volta a imperar. Quando a situação chega a esse ponto, uma boa saída pode ser contratar um profissional.

As empresas especializadas em organização de documentos cobram entre R$ 1 mil e R$ 2 mil para colocar em ordem a papelada pessoal. “É preciso saber o que realmente precisa ficar guardado e por quanto tempo”, diz o bibliotecário Juan Cacio Peixoto, proprietário da Acervo, empresa paulista especializada na organização de documentos. O trabalho começa com a triagem total da papelada. Falta um carimbo na escritura da sua casa de praia? Esse tipo de problema também fica a cargo dos profissionais da arrumação. “Os documentos precisam estar completos para ter validade”, alerta Peixoto. O segundo passo é mapear o patrimônio. Imóveis, carros, barcos ganham uma espécie de dossiê. Se necessário serão tiradas cópias do certificado de propriedade e segunda via do que estiver danificado. As contas de consumo e de gastos pessoais ficam divididas. Uma caixa de entrada, para os documentos a pagar, e um arquivo com os recibos.

Outra opção é digitalizar os documentos. Os programas custam a partir de R$ 400. Segundo Waida Coimbra, da Linear Assessoria de Documentação, manter os papéis organizados é fundamental para evitar transtornos no caso de uma fatalidade. “Os familiares terão acesso à documentação com facilidade”, completa ela.


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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

INSTITUTO LANÇA CAMPANHA PARA AMPLIAR ACERVO SOBRE A HISTÓRIA DE MATO GROSSO DO SUL

O Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, pede ao cidadão sul-mato-grossense que tenha alguma foto, registro ou documento referente a datas, locais, momentos especiais ou um simples registro, que na sua maioria mostram em preto e branco a nossa Capital e cidades do interior de MS há algumas décadas, compareçam ao Instituto.

Não é necessário fazer a doação do material, quem não quiser deixá-lo no acervo, o Instituto Histórico faz a digitalização do material.

Vista aérea de Três Lagoas durante sua fundação, registro da rua 14 de Julho no final da década de 70, Correio Central de Campo Grande, Estação Ferroviária da Capital, margens do Rio Paraguai em Corumbá, e autoridades em solenidades em de meados do século passado, são alguns dos registros que o Instituto possui.

 “Queremos guardar para democratizar e disponibilizar ao mundo essas informações. O povo de sente mais importante com a sua história gravada”, disse o presidente do Instituto Hildebrando Campestrini.

A importância dessa preservação, reflete no que chamam de “identidade” cultural do Estado (alguns historiadores não gostam do termo), ensino pedagógico, reformas de prédios históricos com a conservação de seus moldes originais entre outros.

Em relação a essa conservação patrimonialista, os historiadores Hildebrando Campestrini e Madalena Greco lembram que a nossa cidade e estado ainda são novos, se comparados com outras unidades federativos que já passaram por revoluções como São Paulo (Revolução Constitucionalista de 1932), Rio Grande do Sul (Revolução Farroupilha, 1835-1845) e Bahia (Guerra de Canudos, 1896-1897).

Diferente desses confrontos da população contra o poder instalado, ocorreu na antiga província de Mato Grosso, atual Mato Grosso do Sul (Bela Vista, Antônio João, Guia Lopes e Nioaque), um determinante e importante fato histórico que foi a Retirada da Laguna. A Retirada foi uma das batalhas da Guerra do Paraguai, contra a invasão do Exército Paraguaio em dezembro de 1864.

De três mil homens, liderados em uma das colunas pelo coronel Carlos de Morais Camisão em janeiro de 1867, apenas 700 homens retornaram. O fato ficou registrado na literatura pelo Visconde de Taunay.

Sobre a importância pedagógica, Campestrini lembra que muito dos professores que ensinam história regional são de fora do estado e a disciplina é ensinada muito cedo as crianças, e, posteriormente cobrada antes da entrada em universidades e faculdades.

Outro ponto abordado são os prédios históricos da nossa Capital que estão abandonadas. “Em Blumenau por exemplo, as agências bancárias e outros órgão são instalados em casas históricas, tombar só por tombar não adianta nada, tem que dar um valor que mantenha o imóvel”, argumenta.



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BIBLIOTECÁRIA DE AUSCHWITZ NÃO SE CONSIDERA UMA HEROÍNA DA CULTURA


Uma mulher, que cuidava de uma pequena biblioteca, foi responsável por proporcionar um pequeno oásis de sanidade mental em meio ao horror de um campo de extermínio nazista, em Auschwitz, que apesar de não ajudar a sobreviver, fornecia um resquício de esperança.

 Seu nome é Dita Kraus e atualmente tem 82 anos. Sua trajetória foi contada pelo escritor Antonio G. Iturbe, no romance A bibliotecária de Auschwitz, que parte de fatos reais para criar uma história de ficção na qual Dita é uma autêntica heroína da cultura, encarregada de cuidar de uma biblioteca clandestina no campo nazista.

 Mas a Dita Kraus real afirmou, em entrevista à agência EFE em Praga, que não se considera uma heroína. "Nem fui especialmente forte, só que sempre tive a convicção de que não iria morrer, de que não acabaria na câmara de gás", declarou ao lembrar de sua infância.

 Dita chegou a Auschwitz quando tinha 13 anos, procedente do gueto judeu de Terezin, na República Checa. "Em Auschwitz, havia uma coisa única. Havia um barracão de crianças. E como menina, estive neste barracão e era responsável pelos poucos livros que havia no local. Era algo único que não existia em outros campos de concentração", relatou.

 Na realidade, dos livros que estavam lá, Dita só se lembra de um. "Tenho certeza de que Uma Breve História do Mundo, do romancista e filósofo britânico H.G. Wells, estava lá".

 Dita se encarregava de cuidar desse livros, "alguns sem capas", e emprestá-los para as outras crianças, embora afirme que os livros não ajudavam a sobreviver. "Eles não tinham esse papel".

 Segundo Dita, "Antonio Iturbe exagerou um pouco nisso", já que a tese do romance é que a literatura serviu de antídoto para o sofrimento e contribuiu para libertar as civilizações de seus fantasmas.

 Os livros de Auschwitz, lembra Dita, chegavam das mãos de um presidiário polonês que selecionava a literatura em checo para as crianças do barracão 31 quando os novos presos chegavam à rampa de acesso e perdiam seus bens.

 Com tudo, o barracão infantil, de fato, chegou a se transformar em uma espécie de oásis, como lembrou em várias de suas obras o escritor B. Kraus, também internado no campo de extermínio, onde conheceu Dita Kraus, com quem se casou mais tarde.

 A passagem por Auschwitz marcou para sempre Dita. "Perdi toda a minha família ali. Meus pais e avôs e todos os meus tios", lamentou. "Penso que ninguém pode imaginar como é ser enviado para a câmara de gás". Dita ainda sofre com pesadelos frequentes pelo o que aconteceu com seus parentes.

 "Meu sogro passou por isso. Não consigo superar. Por ele, penso na câmara. Não é uma morte rápida", disse. "Às vezes, me vem esse sentimento. Me identifico com o sofrimento que deviam ter na câmara de gás, que parecia com uma ducha. Porém, ao invés de água, soltavam gás e as pessoas começavam a ficar sufocadas e gritar", lembrou.

 E Dita sofre ao ver que "as mães tentavam proteger seus filhos para que não fossem envenenados. Isso é uma das piores coisas que pode existir", acrescentou. Dita viaja para Barcelona e durante sua estadia na Espanha participará da apresentação do romance de Iturbe.


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